Análise Comparativa Interlaboratorial De Ensaios À Compressão Axial Em Corpos De Prova De Concreto
Palavras-chave:
Corpo de prova. Resistência à compressão. Ensaio de compressão axial. Desvio padrão. Laboratórios de controle tecnológico.Resumo
A utilização em grande escala de concreto como material de construção no mundo traz consigo uma preocupação cada vez maior em garantir qualidade e segurança as estruturas ao menor custo possível. Apesar da atribuição de diversos parâmetros para o concreto, na maioria dos casos, a resistência à compressão é o único efetivamente controlado. Isto se deve a praticidade da moldagem dos corpos de prova e os custos relativamente baixos dos ensaios. No entanto, não são raros os casos de não conformidade do concreto em comparação as especificações de projeto. Estas situações levam a sérios problemas de ordem técnica e principalmente financeira entre construtores, projetistas e laboratórios de controle tecnológico. A moldagem, as condições de cura e acondicionamento, transporte e ensaio dos corpos de prova são alguns dos inúmeros fatores que podem reduzir consideravelmente o potencial de resistência de uma amostra de concreto. Este trabalho busca analisar fatores alheios aos apresentados pelas normas NBR 5738 (2015) e NBR 5739 (2007) responsáveis pela variabilidade das resistências de um concreto de uma mesma amassada. Qual a influência dos procedimentos de preparação (acabamento) e equipamentos de ensaio (prensas) nos resultados de resistência à compressão do concreto? Para responder a esta pergunta foram moldados inúmeros corpos de prova provenientes de uma mesma amassada de concreto. Os mesmos foram rompidos em oito diferentes laboratórios aos 28 dias de idade. A variação decorrente das técnicas de preparo dos corpos de prova de cada laboratório foi superior em comparação com a avaliação do fator prensa isoladamente. As maiores influências foram encontradas no processo de retificação dos corpos de prova.